Q&A | Pierpaolo Bottini: “A persistência determina o sucesso”
Um dos criminalistas mais conhecidos do país teve seu primeiro teste numa causa ainda na faculdade
Pierpaolo Bottini pensava em ser um introspecto jogador de xadrez na infância ou se via numa disputa solitária de maratonas. Mas tornou-se conhecido por estar constantemente sob os holofotes, como advogado criminalista de casos midiáticos e polêmicos — como a defesa do empresário Joesley Batista à acusação de insider trading ou do ex-presidente da
da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, na Lava-jato. Pupilo de Márcio Thomaz Bastos, com quem trabalhou no Ministério da Justiça, Bottini consta usualmente nas listas dos advogados mais poderosos do país. Na vida privada, no entanto, é sob os holofotes dos filhos que quer estar. Bottini costuma ir direto ao ponto, como mostram suas respostas sucintas e sem rodeios neste Q&A.
Quando criança, o que você imaginava para a vida adulta? Imaginava ser campeão de xadrez e corredor de maratonas.
Quem eram seus heróis/personagens favoritos? Hans Solo – do Guerra nas Estrelas e a Mafalda.
Qual foi sua primeira ambição profissional? Ganhar o primeiro caso que atuei na assistência jurídica do XI de agosto, quando estava no quarto ano da faculdade, de um guardador de carros acusado injustamente de roubar uma bolsa.
O que te faz levantar da cama hoje? A esperança que a minha geração entregue aos filhos um Brasil melhor do que aquele que recebemos de nossos pais.
Qual característica ou atitude do outro te irrita? A soberba.
Você se considera uma pessoa com hábitos saudáveis? Sim, como bem e faço exercícios quando posso.
Qual foi sua maior conquista até hoje? Ser chamado do melhor pai do mundo.
O que determina o sucesso? A persistência.
Qual é o maior desafio coletivo da atualidade? Garantir a democracia e o Estado de Direito.
Entre os avanços da tecnologia, o que mais te impressiona? Tudo relacionado à física quântica e à nanotecnologia.
Um senso comum que você considera uma grande bobagem. Que em briga de marido e mulher não se mete a colher. Acho que esse senso comum banalizou agressões.
Um livro, filme ou outra arte que tenha te impactado. Grande Sertão, Veredas.
Compraria uma viagem para Marte ou qualquer turismo espacial? Não. Gosto dos pés no chão.
Você se considera uma pessoa espiritualizada? Acredita em Deus, vida após a morte? Faço ioga, medito e acredito em energias positivas e negativas.
Uma lembrança feliz: O sorriso de meus filhos quando chegaram.
Por Adriana Fonseca — São Paulo
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