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Brasília-DF

Charlie Chaplin, Guardia, Issac e Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, recebeu duas notícias nessa semana, uma boa, outra ruim. A boa: o diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central, Issac Ferreira, deixa o cargo e avisa aos mais próximos que sai para cuidar da pré-campanha de Henrique Meirelles à Presidência da República. O advogado tem que cumprir a quarentena para voltar à banca e aproveitará esse período para ajudar Meirelles. Cá entre nós: com Issac de saída para ajudar Meirelles, é sinal que o ministro está mesmo empolgado. Ainda que seja para assumir a vaga de vice na chapa de Michel Temer.

Só tem um probleminha. E aí vem a notícia ruim: o mais cotado para o cargo, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, subiu no telhado, porque Temer quer distância de qualquer um que tenha resquício de fumaça no caso Joesley Batista. Guardia pode não ter feito nada de errado no cargo, porém, não está longe de virar alvo em ano eleitoral.

Quem na República leu o livro Nome aos bois — a história de falcatruas da JBS, dos jornalistas Bernardino Coelho da Silva e Cláudio Tognolli, lançado no ano passado, entendeu que Guardia surge como o elo de Rocha Loures e a equipe econômica para os interesses da empresa. Num trecho do livro, que relata as gravações feitas por Joesley, Loures fala que era preciso ter alguém na CVM. Guardia diz que nunca (houve?) interferência na CVM. Aí, Loures rebate “tempos modernos, como diz Charlie Chaplin”. Eles, então, ficam de terminar a conversa pessoalmente. Os tempos modernos de hoje temem que essa simples citação vire um bafafá na campanha do presidente e de seu quase vice, Henrique Meirelles.

O motivo de Geddel

Quem esteve recentemente com o ex-ministro Geddel Vieira Lima garante que ele não pensa em delatar ninguém. Afinal, quer que os amigos deem uma assistência à família dele nesse período em que cumpre pena em regime fechado.

Contra o relógio

Confiante que Lula responderá ao processo em liberdade, o PT vai intensificar a agenda do ex-presidente sempre com a presença dos pré-candidatos nos estados para ajudar a alavancar o partido. A ideia é chegar à temporada de registro de candidaturas com uma “taxa de sucesso” mais promissora. Hoje, o PT é apenas Lula.

Espera sentado

Para apoiar a reeleição de Paulo Câmara (PSB) em Pernambuco, o PT pediu reciprocidade do PSB de Minas Gerais em prol da campanha do governador Fernando Pimentel à reeleição. A resposta dos socialistas mineiros: é melhor Paulo Câmara buscar outros aliados.

CURTIDAS

Simples assim/ Políticos perguntaram ao deputado Lúcio Vieira Lima (BA) o que ele queria para “liberar” o MDB a quem está longe das agruras que envolvem a família Vieira Lima. Eis a resposta: “Ser eleito”. Logo, não tem essa de liberar o partido para ninguém.

Tudo de novo/ O adiamento da votação do habeas corpus no STF reeditou o país dividido. Petistas e antipetistas convocam manifestações para 3 e 4 de abril.

Código Penal em debate I/ No mesmo 4 de abril em que o habeas corpus de Lula estará em julgamento no STF, o senador Antonio Anastasia (foto), pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, abre, às 19h30, o seminário Reflexões sobre a proposta de reforma da parte geral do Código Penal, no auditório do Instituto de Direito Púbico (IDP). Logo depois do senador, fala o professor Luiz Greco, da Universidade Humbolt, de Berlim.

Código Penal em debate II/ Os debates estão previstos para o dia seguinte, das 8h30 às 12h30, reunindo outros mestres do direito, como o ministro do Superior Tribunal de Justiça Antonio Saldanha (STJ), Pierpaollo Bottini, Heloísa Estellita, Carolina Ferreira, Rodrigo Mudrovitsch e Wladimir Aras.

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